SUS oferece acompanhamento para diagnóstico e tratamento precoce

A cardiopatia congênita está entre as malformações que mais matam na infância e muitas pessoas não sabem exatamente o que é nem como lidar.

No início do mês, um menino de 3 anos, morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica, deixando pais preocupados em relação ao problema de saúde. 

Mas o que é a cardiopatia congênita? Tem tratamento?

A resposta é sim, tem tratamento. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece acompanhamento para diagnóstico e tratamento precoce.

As cardiopatias congênitas são problemas na estrutura e/ou na função cardiocirculatória do coração, presentes antes mesmo do nascimento, e afetam um em cada 100 bebês.

Anualmente, cerca de 30 mil crianças nascem com algum problema no Brasil e aproximadamente 40% precisam de cirurgia ainda no primeiro ano de vida, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A cardiologista pediátrica Suellen Mota, do Hospital Universitário, explica que as cardiopatias mais comuns são a comunicação interventricular, comunicação interatrial e a persistência de canal arterial.

“Essas mais comuns não precisam de cirurgia ao nascimento, mas precisam de acompanhamento e tratamento clínico. Outras necessitam correção cirúrgica nos primeiros meses ou anos de vida”, destaca.

Fatores ambientais e genéticos podem contribuir para o desenvolvimento da cardiopatia congênita. 

Os fatores ambientais comuns incluem doenças maternas, como diabete, rubéola, lúpus eritematoso sistêmico, ou ingestão materna de agentes teratogênicos, como lítio, isotretinoína, anticonvulsivantes.

“A idade materna é um fator de risco conhecido para certas doenças genéticas, sobretudo Síndrome de Down, que podem incluir cardiopatias. Se houver diabete gestacional, uso de alguns medicamentos ou história de cardiopatia na família, o ideal é a realização do ecocardiograma fetal e seguimento regular de pré-natal”, enfatiza a especialista. 

A médica ressalta que uma gestação com um bom acompanhamento obstétrico pode contribuir para a prevenção de certos defeitos cardíacos congênitos.  

Há também diversos exames que podem auxiliar na detecção de cardiopatias congênitas.

O tratamento das cardiopatias congênitas pode incluir o uso de medicamentos e procedimentos como cateterismo e cirurgias.  

“Existem tratamentos clínicos, de suporte, para manter o paciente estável até o melhor momento para o tratamento cirúrgico, que pode ser de correção total ou cirurgia paliativa, a depender da gravidade da cardiopatia”, afirma Suellen.

TOPMIDIA NEWS. Fatores ambientais e genéticos podem contribuir para desenvolvimento da cardiopatia. Disponível em:<https://www.topmidianews.com.br/saude/fatores-ambientais-e-geneticos-podem-contribuir-para-desenvolvimento/185892/>. Acesso em: 18.Jun.2023.

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