Mato Grosso do Sul registra maior número de óbitos pela doença desde 2020

Neste ano, a dengue já matou 36 pessoas em Mato Grosso do Sul. O número de vítimas é 50% maior do que o registrado em todo o ano passado, período em que 24 pessoas foram vitimadas pela dengue, e 157,1% maior do que o registrado em 2021, ano em que 14 pessoas morreram em decorrência da doença.

O número de casos também registra crescimento alarmante no período. Nos primeiros nove meses de 2023, já são 38.825 casos confirmados, número 82% superior aos 21.328 casos registrados no ano passado, e 383,6% maior do que o registrado em 2021 (8.027).

Este é o pior cenário epidemiológico de dengue desde o ano de 2020, em que foram confirmados 41.998 casos e 43 pessoas morreram. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado semanalmente pela pasta.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz e desenvolve em condições quentes e úmidas, ou seja, se torna mais prevalente durantes períodos de altas temperaturas e chuvas. Como o Estado passa por situações climáticas favoráveis à reprodução do mosquito, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu um alerta e elencou recomendações para evitar que a doença avance ainda mais. Confira:

  • Evite água parada, em qualquer época do ano;
  • Mantenha bem tampado lixeiras, tonéis, barris de água e caixas d’agua;
  • Guarde pneus em locais cobertos;
  • Utilize lonas esticadas para não deixar materiais de construção expostos;
  • Remova galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encha pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e faça sempre a manutenção de piscinas;
  • Feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de crianças e animais.

Tais ações são importantes durante todo o ano, já que o ovo do mosquito consegue sobreviver por mais de um ano, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. 

O uso de repelentes e telas em janelas também pode ser uma prática de segurança para a população.

“É importante que a população faça a limpeza nos quintais de suas casas, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito”, destacou a enfermeira da SES, Bianca Modafari Godo.

Segundo a especialista, ambém é essencial que toda a população esteja informada sobre os sintomas clássicos da dengue, para se proteger e proteger sua comunidade.

Sintomas

Alguns dos sintomas mais comuns da dengue são febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além deles, o paciente também pode apresentar dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, desânimo e sangramento de mucosa.

“Se você ou um membro de sua família apresentar sintomas semelhantes aos da dengue, procure atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o início da hidratação imediata são cruciais para que não se tenha evolução para casos graves e/ou óbitos”, alertou Bianca.

Saiba

De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.

CORREIO DO ESTADO. Saúde alerta para proliferação do mosquito da dengue durante o período de chuvas. Disponível em:<https://correiodoestado.com.br/cidades/saude-alerta-para-criadouros-de-dengue-durante-o-periodo-de-chuvas/419905/>. Acesso em: 10.Set.2023

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