Fábio Alves da Silva, 43 anos, ou “Binho”, morto a tiros na entrada do Supermercado Comper, no Jardim Tijuca, em Campo Grande, já roubou R$ 1,8 milhão em cheques e R$ 70 mil em espécie para arrecadar fundos ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção da qual era integrante. Além disso, tem várias outras passagens pelo mesmo crime.
Testemunhas informam que Fábio foi surpreendido no fim da tarde desta quinta-feira (19) por um motociclista, que efetuou vários disparos. Familiares contaram que dias atrás ele havia recebido ameaças, contudo, não sabem o teor e quem as fez.
Segundo publicado pelo Campo Grande News, Fábio cumpria pena no regime semiaberto e fazia parte de um projeto social de reeducandos. Ele estava trabalhando no supermercado há cerca de 15 dias.
Nesta manhã, o supermercado abriu normalmente, mas os funcionários estavam assustados. “A gente ainda está meio sem acreditar no que aconteceu aqui com esse tanto de câmera. Mas quase ninguém conhecia ele [Fábio], porque era novo no mercado”, disse um funcionário, que pediu para não ter o nome divulgado por medo.
Crimes – Fábio tem uma longa ficha criminal, em sua maior parte, ocorrências de roubo qualificado. É o caso do assalto a distribuidora, que ocorreu em novembro de 2014. Segundo a denúncia do Ministério Público, o objetivo era arrecadar dinheiro para o PCC.
Fábio e outras três pessoas invadiram o local – no Bairro Caiçara – todos armados e fazendo ameaças. Então, levaram os cheques, a quantia em dinheiro, além de três computadores, celulares e chaves de veículos. Binho e os comparsas agiram com violência, agredindo as vítimas com socos e chutes.
A polícia chegou aos criminosos através de câmeras de segurança. Na época, na casa de Fábio, no Bairro Aero Rancho, foram apreendidos vários dos cheques roubados, sendo 433 lâminas, no valor total de R$ 858.507,67.
Já em fevereiro de 2015, ele e outros quatro comparsas abordaram o motorista e roubaram uma Ford Ranger. O objetivo era vender o veículo no Paraguai. Além de várias passagens por roubo qualificado, Fábio respondeu na Justiça de Mato Grosso do Sul por organização criminosa.
Fonte: Campo Grande News