Dezenas de pessoas foram mortas em ataque aéreo israelense durante a noite desta quinta-feira (6) contra uma escola administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em um campo de refugiados no centro da Faixa de Gaza, de acordo com autoridades hospitalares e o escritório de mídia do governo.
Ao menos 40 pessoas morreram no ataque em Nuseirat, segundo funcionários do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.
A unidade de saúde chegou a informar que 45 pessoas morreram em decorrência da ofensiva, mas esclareceu que houve outros dois casos em Nuseirat: um ataque a um hospital e outro a uma casa em que cinco pessoas foram mortas.
O hospital, o principal ainda operando na área, disse que 52 pessoas mortas em ataques israelenses foram levadas para suas instalações nesta quinta-feira.
Entenda o caso
A escola, gerida pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), alojava pessoas deslocadas em Nuseirat no momento do ataque, informou o gabinete de comunicação social do governo de Gaza.
Israel admitiu ter realizado o ataque, dizendo que tinha como alvo “20 a 30 militantes do Hamas e da Jihad Islâmica” no local.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que “muitas medidas foram tomadas para minimizar o perigo de causar danos aos não envolvidos” antes do ataque, incluindo vigilância aérea e o uso de “inteligência adicional precisa”.
De acordo com um repórter da CNN na área, a escola foi atingida por pelo menos três mísseis que penetraram no prédio de três andares.
Acredita-se que a escola esteja abrigando aproximadamente 20 mil pessoas deslocadas que se abrigaram na escola, em seu pátio e nos arredores, de acordo com o responsável.
As autoridades de Gaza afirmaram que o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa está operando com três vezes a sua capacidade clínica, “sinalizando um verdadeiro desastre que levará a um aumento maior no número de mártires”, disse o escritório de mídia de Gaza.
A CNN entrou em contato com a UNRWA para comentar.
Fonte: CNN Brasil