Categoria vai decidir se as atividades serão paralisadas

Em torno de 1,5 mil profissionais da enfermagem da Santa Casa de Campo Grande protestaram, na manhã desta sexta-feira (10), pelo atraso no pagamento do salário referente a dezembro. Os valores deveriam ter sido depositados até o dia 7 de janeiro.

O protesto foi realizado na entrada do hospital e, às 9h, acontece a Assembleia da Categoria, quando vão decidir sobre uma possível paralisação. De acordo com o sindicato da categoria, a Santa Casa conta com 4 mil trabalhadores da enfermagem.

“O piso salarial está correto, o atrasado é na folha salarial de dezembro, paga em janeiro. Caso aprovado, hoje já paralisamos e damos continuidade na segunda-feira”, explica o presidente do sindicato, Lázaro Santana.

As negociações do dia ainda incluem reunião com a diretoria da Santa Casa e com a secretaria municipal de saúde de Campo Grande. A situação é corriqueira no maior hospital do Estado.

Trabalhadores se desdobram com salário atrasado

Jaime Silva de Melo é técnico de Enfermagem há 6 anos na Santa Casa e conta que a maioria dos profissionais que tem dois empregos precisou utilizar a outra remuneração para honrar com o compromissos de janeiro.

(Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

“Depois das festas é inerente que estamos precisando de salário, temos compromissos. Hoje já está atrasado, na segunda-feira é juros e multa para nossas contas. Eu saio da Santa Casa e vou para outro trabalho, uma jornada dupla, cansaço, não é justo estar com o salário atrasado”, reclama.

Uma funcionária, que não quis se identificar, diz que o hospital recebe paciente de todo o Estado e fica sobrecarregado. “Vem paciente do interior, de Campo Grande quando o hospital que estava não tem especialidade, como neurologista. Se não tiver organização, toda vez será essa bagunça”.

Osmar Gussi, representante do Sintesaúde, afirma que “o hospital está assistido, com os trabalhadores em torno de 24 horas. A santa casa diz que não tem recursos, que depende do município e estado, mas, infelizmente, o atraso é rotineiro. Não precisaríamos vir aqui pedir um direito. Se o trabalhador trabalha, deve receber”.

administrator

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *