Por outro lado, cidades do sul registraram estragos causados pela tempestade

Mais uma vez, Mato Grosso do Sul ocupa o ranking das cidades mais quentes do Brasil nas últimas 24h. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) revela que os termômetros ultrapassaram os 40°C na última quinta-feira (16), principalmente na região pantaneira e sudoeste. No entanto, o sul do Estado registrou estragos causados pelo temporal.

O levantamento aponta que Aquidauana lidera a lista das cidades mais quentes do país, com máxima de 40,1°C. Em segundo lugar está a cidade de Porto Murtinho, com máxima de 39,9°C. Também aparecem entre as 15 mais quentes as cidades de Paranaíba (39,3°C), Nhumirim-Corumbá (39°C) e Corumbá (38,8°C).

Campo Grande registrou uma das mais altas temperaturas do ano, com máxima de 35,8°C. Por enquanto, o recorde anual foi de 38,7°C, registrado no dia 11 de setembro.

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Máximas registradas no Brasil na última quinta-feira (Reprodução, Inmet)

Chuva de quase 40 mm

Por outro lado, cidades do sul do Estado registraram chuva intensa nas últimas 24h. A cidade de Mundo Novo registrou o maior acumulado, com 38,2 milímetros, conforme o Inmet.

Em Caarapó, rajadas de vento causaram a queda de árvores, principalmente na área central. Segundo o site Caarapó News, a força do vento destruiu as raízes. Bairros ficaram sem energia durante o temporal. Apesar dos estragos, não houve feridos.

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Estragos em Caarapó durante o temporal (Reprodução, Caarapó News)

Chuva pode dar uma trégua

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a máxima pode alcançar os 39°C novamente nesta sexta-feira (17). No entanto, há possibilidade de chuvas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo, especialmente na região sul do estado.

Essa instabilidade está associada à passagem de cavados em médios níveis da atmosfera, à atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e ao intenso transporte de ar quente e úmido.

Cenário típico da primavera

O meteorologista do Cemtec, Vinicius Sperling, explica que, climatologicamente, trata-se de uma transição entre a secura do inverno e o período chuvoso do verão, especialmente na região central do Brasil.

Durante a primavera, há um aumento gradual da umidade proveniente da Amazônia, marcando o retorno mais regular das chuvas. Com a maior incidência de radiação solar, as temperaturas também se elevam, resultando em uma maior frequência de dias quentes.

Sendo assim, os meses de primavera estão entre os mais quentes do ano, sendo outubro, historicamente, o mais quente em diversos municípios do Estado.

Logo, por ser uma estação de transição entre o frio e o calor, a primavera é também o período com maior frequência de tempestades severas. Essas tempestades, de curta duração, podem provocar chuvas intensas, descargas elétricas atmosféricas, fortes rajadas de vento e até queda de granizo.

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