Participantes entoaram palavras de ordem contra a presidente Claudia Sheinbaum, além de exigir justiça pelo assassinato de Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, morto no dia 1º

A Cidade do México registrou fortes confrontos entre manifestantes e a polícia na tarde deste sábado (15), durante uma marcha convocada pela chamada Geração Z, que também teve atos paralelos em outras cidades do país com participação de pessoas de diferentes idades, segundo a mídia local.
O protesto terminou em violência após um grupo de encapuzados derrubar parte do muro erguido para proteger o Palácio Nacional, sede do governo mexicano. A ação desencadeou choques com forças de segurança que acompanhavam a mobilização.
De acordo com os organizadores, a convocação foi direcionada prioritariamente à Geração Z e teve inspiração em movimentos recentes liderados por jovens em países como Peru e Nepal. Já o governo mexicano sugeriu que partidos tradicionais de oposição teriam contribuído para impulsionar os atos.
As autoridades contabilizaram centenas de feridos. O secretário de Segurança Pública da capital, Pablo Vázquez, afirmou em coletiva que 100 policiais ficaram feridos, com 40 deles precisando de atendimento hospitalar. Outros 20 civis também se machucaram, segundo disse ao veículo local Milenio.
Vázquez informou ainda que 20 manifestantes foram presos e outros 20 encaminhados para responder por infrações administrativas.
Durante a marcha, participantes entoaram palavras de ordem contra a presidente Claudia Sheinbaum e o partido governista Morena, além de exigir justiça pelo assassinato de Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, morto em 1º de novembro.
A Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, tem sido associada a movimentos de mobilização juvenil ao redor do mundo, usados como bandeira em protestos que buscam pressionar por mudanças sociais e políticas.
