Confira os destaques da cobertura política no Jornal Midiamax

A movimentação política visando ao pleito de 2026 ganhou destaque com o retorno do ex-deputado estadual Capitão Contar ao Partido Liberal. Em Brasília, ele recebeu a chancela da cúpula nacional, incluindo o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, e o senador Flávio Bolsonaro, para disputar uma vaga ao Senado, reafirmando o alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
E, na Assembleia Legislativa de MS, o deputado Neno Razuk (PL) retornou às atividades parlamentares após a deflagração da Operação Successione, do Gaeco, que prendeu seus familiares sob acusação de exploração do jogo do bicho. O chefe de gabinete do parlamentar, também implicado nas investigações, foi exonerado e nega participação no esquema de apostas ilegais.
Na esfera municipal de Campo Grande, o Legislativo aprovou por unanimidade a incorporação gradual do auxílio-alimentação ao salário-base de profissionais da saúde de nível superior, medida que atende a acordos sindicais e à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Já no Judiciário, o Tribunal de Justiça de MS manteve a condenação do vereador Rafael Tavares (PL) por injúria contra o deputado federal Vander Loubet (PT), rejeitando a tese de liberdade de expressão e ratificando a indenização por danos morais.
Ainda na Capital, mais uma polêmica marcou o transporte público, com o Consórcio Guaicurus alegando falta de recursos para pagar o 13º salário e a folha mensal, apesar de auditorias apontarem lucro milionário, o que motivou pedidos de intervenção e investigações sobre possível prática de locaute.
Violência doméstica pautou a semana
A Capital recebeu nesta semana a ministra da Mulher, Márcia Lopes, para o 3º Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, que, de forma inédita, saiu de Brasília para o interior do país. A titular da pasta nacional alertou para o recorde de 37 feminicídios no Estado em 2025 e convocou prefeitos a liderarem o enfrentamento a esses crimes.
E por falar em enfrentamento à violência contra a mulher, em Jaraguari, a primeira sessão da Câmara após secretário de governo ser preso por espancar a namorada dividiu opiniões. Enquanto a única parlamentar mulher da Casa de Leis do município, Dani Martins, cobrou postura firme contra a impunidade, outros vereadores e o prefeito optaram pela cautela jurídica. O servidor apresentou atestado de 15 dias para tratar questões de cunho emocional após a repercussão do caso.
Ainda no interior
Decisões da Justiça implicaram também o vereador de Jateí Jeovani Vieira (PSDB), que era servidor no Ministério da Saúde, mas perdeu o cargo após condenação de 15 anos de prisão por improbidade administrativa. Ele foi acusado de receber sem trabalhar durante os anos de 2012 e 2015. O parlamentar, no entanto, confia no apoio político dos colegas da Casa de Leis para manter o mandato.
Já em Sidrolândia, a Justiça Eleitoral determinou que a ex-prefeita Vanda Camilo (PP) devolvesse recursos aos cofres públicos devido a irregularidades nas contas de campanha. A determinação obriga a restituição de R$ 10,4 mil.
Já em Terenos, o caixa do município arcou com o pagamento simultâneo de salário a dois prefeitos devido ao afastamento judicial do titular Henrique Budke (PSDB) por suspeita de corrupção, caso que também levou à convocação de suplente Dr. Arlindo Lindolfi (Republicanos). Na Câmara, o vereador Arnaldo Glagau (PSD) foi afastado também por envolvimento na investigação deflagrada pela Operação Spotless, dando lugar ao suplente Magno Silva (PSD), empossado nesta semana.
Em Brasília
No cenário nacional, o destaque é para os reflexos na bancada federal em relação à liminar do ministro Gilmar Mendes sobre o rito de impeachment de magistrados. A oposição trata a medida como blindagem aos membros da Suprema Corte, enquanto governistas defenderam a independência do Judiciário. A senadora Tereza Cristina (PP) pregou uma reação legislativa firme do Senado, enquanto Nelsinho cobra autonomia dos Poderes e revisão da Lei de Impeachment.
A atuação em Brasília também colocou o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB) em evidência ao ser o único de MS a votar na CPMI do INSS. O parlamentar seguiu contra a convocação do filho do presidente Lula após denúncia de suposto recebimento de vantagens financeiras pagas pelo ‘Careca do INSS’, um dos principais personagens em torno do escândalo que investiga fraudes em contribuições sindicais em benefícios previdenciários.
Por fim, a definição do Partido Liberal pelo nome de Flávio Bolsonaro para a Presidência em 2026 unificou a base partidária no Estado. Entretanto, há divergências entre aliados. O deputado Zé Teixeira manteve preferência por Tarcísio de Freitas, e o presidente da Assembleia, Gerson Claro, considerou o anúncio prematuro.
