Policiais foram acionados para conter uma subtenente da Polícia Militar, suspeita de ter roubado um Ford Fiesta vermelho de um casal nesta quinta-feira (5) na Rua Antônio Trajano, no Jardim São Conrado, em Campo Grande. Ela estava desaparecida desde quarta-feira e familiares estavam atrás dela. Uma das hipóteses é de que ela sofria um surto.

O carro era de uma professora, de 27 anos, que tinha chegado em casa por volta das 17h40. O marido, um consultor de vendas, 23, aguardava na frente da residência, já que tinha esquecido a chave.

Quando ela saiu do veículo, a oficial surgiu e alegou precisar do carro: “Eu preciso do carro, você tem que me dar o carro, estão me perseguindo”, parafraseou a vítima.

A PM vestia uma camiseta larga e possuía um corte na cabeça, que deixou o rosto manchado de sangue. “A cena era horrível”, descreveu a professora.

Em seguida, segundo a docente, a policial tomou a chave da mão e pegou o carro, ordenando que se tirasse “as crianças” do carro. A professora afirmou à reportagem, no entanto, que se tratavam de dois cachorros.

Depois de arrancar com o carro e andar por algumas vias, a militar acertou um eletricista, de 62 anos, que ia trabalhar de motocicleta e, após a colisão, parou a alguns metros de distância. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e teve um pé fraturado.

A policial só parou quando encontrou uma rua sem saída, próximo à Base Aérea, e foi detida pela Polícia Militar. Conforme apurado pela reportagem, agentes verificaram que ela trafegava em alta velocidade e abordaram-na.

Ela foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e o veículo foi levado para o pátio da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos). Estiveram no local várias viaturas da PM e uma do Corpo de Bombeiros Militar.

O Campo Grande News solicitou um posicionamento por parte da corporação e, em nota, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) afirmou que a subtenente faz parte da reserva remunerada e, em razão do quadro de saúde, foi prestado suporte pelo Fundo de Assistência Feminina (FAF) “tendo sido designada uma psicóloga para acompanhamento da policial”.

Ainda, de acordo com a corporação, será instaurado procedimento administrativo pela Corregedoria “a fim de se apurar as circunstâncias dos acontecimentos ocorridos”.

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