Um ataque aéreo israelense a uma clínica médica na Cidade de Gaza matou o diretor do Departamento de Ambulância e Emergência de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território palestino, que é controlado pelo Hamas.
O ministério pontuou que a morte de Hani al-Jaafarawi elevou para 500 o número de funcionários de saúde mortos por Israel desde 7 de outubro. Ao menos 300 outras pessoas foram detidas até o momento.
Enquanto isso, os militares de Israel disseram que o ataque matou um comandante do grupo armado. Em comunicado, eles afirmaram que tinham como alvo Mohammad Salah, que seria responsável pelo desenvolvimento do armamento do Hamas.
“Salah fazia parte de um projeto de desenvolvimento de armamentos estratégicos para a organização terrorista Hamas e comandava vários esquadrões terroristas do Hamas que trabalhavam no desenvolvimento de armas”, alegaram.
Incursão israelense continua
Em Rafah, perto da fronteira com o Egito, as forças israelenses continuam uma incursão nas áreas oeste e norte, disseram moradores, descrevendo combates pesados.
Israel já assumiu o controle das partes leste, sul e central da cidade.
No domingo (23), moradores relataram que tanques israelenses avançaram até as proximidades do campo de refugiados de Mawasi, no noroeste de Rafah, forçando muitas famílias a saírem em direção ao norte.
Muitas delas forampara Khan Younis e Deir Al-Balah, no centro de Gaza, a única cidade do território que os tanques ainda não invadiram.
“A situação em Tel Al-Sultan, no oeste de Rafah, continua muito perigosa. Drones e franco-atiradores israelenses estão caçando pessoas que tentam verificar suas casas, e os tanques continuam tomando as áreas que supervisionam Al-Mawasi, mais a oeste”, alegou Bassam, morador de Rafah.
“Sabemos de pessoas mortas nas ruas e sabemos e vemos que dezenas de casas foram destruídas pela ocupação”, afirmou Bassam à Reuters.
Israel nega ter como alvo civis e culpa o Hamas por provocar as mortes na luta entre eles, o que o Hamas nega.
Os militares israelenses disseram que suas forças continuam “operações direcionadas baseadas em inteligência” em Rafah, localizando armas e lançadores de foguetes e matando combatentes “que representavam ameaças a eles”.
Combates intensos terminarão “em breve”, diz Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a fase de intensos combates contra o Hamas terminará “muito em breve”, mas que a guerra não se encerrará até que o grupo islâmico deixe de controlar o enclave palestino.
Desde o início de maio, os combates têm se concentrado em Rafah, no extremo sul de Gaza, onde cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes do território se abrigou após fugir de outras áreas.
Fonte: CNN Brasil