Apesar do aumento de casos, números são menores que em 2024, com São Paulo liderando os registros.

O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de dengue em 2025, com um total de 1.019.033 casos prováveis registrados desde o início do ano, conforme o Painel de Monitoramento de Arboviroses. O número de mortes pela doença também é preocupante, com 681 óbitos confirmados e outros 714 em investigação.

Embora o país tenha ultrapassado o milhão de casos, a situação deste ano é menos grave do que a de 2024, quando foram registrados 4.013.746 casos até a 15ª semana epidemiológica, o que representa uma queda significativa na incidência da doença. Em 2025, o coeficiente de incidência da dengue é de 479,4 casos a cada 100 mil habitantes, muito inferior aos 1.888,1 casos a cada 100 mil habitantes registrados no ano passado.

Entre os casos registrados este ano, 55% afetaram mulheres e 45%, homens. O estado de São Paulo concentra o maior número de casos, com 590.850 notificações e uma taxa de incidência de 1.285,2 casos a cada 100 mil habitantes. O Acre ocupa o segundo lugar em índice de incidência, com 888,6 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto Minas Gerais registra o segundo maior número absoluto de casos, com 111.096.

Apesar da queda nos números de casos e óbitos, a situação ainda é preocupante, com o aumento das internações, especialmente em hospitais privados. Um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) mostrou que 89% dos hospitais privados relataram aumento nas internações, sendo que em 76% dos casos, as internações em UTI subiram até 5%.

Em resposta ao cenário, o Ministério da Saúde intensificou suas ações, ampliando para 312 os municípios prioritários para combate à dengue. Além disso, foram distribuídos seis milhões de testes rápidos e realizados mais de 650 mil exames laboratoriais. Em casos mais críticos, a Força Nacional do SUS pode ser acionada.

O governo também anunciou, em fevereiro de 2025, a produção de mais de 60 milhões de doses da primeira vacina 100% nacional contra a dengue, que será disponibilizada anualmente a partir de 2026. A produção da vacina será realizada por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, com um investimento de R$ 1,26 bilhão.

Essas medidas buscam mitigar o impacto da doença e reduzir o número de casos e óbitos, além de aumentar a eficácia no controle da dengue em todo o país.

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