Com custo de R$ 789,42, produtos como pão francês , café e carne mantêm pressão sobre o orçamento

O custo da cesta básica em Campo Grande caiu 1,95% em maio, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Apesar do alívio pontual, o conjunto de alimentos essenciais ainda exige 114 horas e 25 minutos de trabalho para ser adquirido por um trabalhador que recebe o salário mínimo. A despesa representa 56,22% do salário líquido, que é de R$ 1.404,15 após o desconto do INSS.

O valor médio da cesta na Capital ficou em R$ 789,42 no mês passado. Embora menor do que os R$ 805,08 registrados em abril, o preço segue elevado em relação a janeiro (R$ 764,24). No acumulado do ano, a alta é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 5,47%.

Entre os alimentos que mais pesaram no bolso dos consumidores campo-grandenses está o pão francês, cujo preço subiu 2,65% em maio — maior alta entre as 17 capitais pesquisadas. A farinha de trigo também aumentou (1,19%), pressionando o custo dos panificados.

O café, outro item essencial, ficou 7,24% mais caro no mês e acumula uma impressionante alta de 110,58% em 12 meses. Já a carne bovina teve leve elevação (0,07%) e segue com preço médio elevado, na casa dos R$ 44 o quilo — reflexo da preferência dos produtores pela exportação.

Por outro lado, o tomate teve a maior queda do mês em Campo Grande: -20,48%. A batata, no entanto, contrariou a tendência e subiu 13,20%, mesmo após recuar mais de 40% no acumulado anual. O arroz agulhinha também ficou mais barato (-9,52%) e acumula queda de 18,70% em 12 meses, sendo comercializado a R$ 5,13 — valor mais baixo desde setembro de 2023.

O feijão carioquinha (-0,58%) e o leite (-1,85%) também registraram quedas, enquanto o óleo de soja manteve o preço estável em relação a abril, mas acumula alta de 33,75% em um ano.

Em comparação com maio de 2024, houve leve melhora no comprometimento da renda: no ano passado, a cesta consumia 57,31% do salário líquido do trabalhador campo-grandense. Agora, o índice caiu 1,09 ponto percentual. Mesmo assim, o custo da cesta básica para uma família de quatro pessoas — dois adultos e duas crianças (equivalente a três adultos) — já ultrapassa os R$ 2.300.

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