Em seis meses, Campo Grande registrou quase a mesma quantidade de casos registrados em todo o ano de 2024

No primeiro semestre de 2025, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), registrou 237 novos diagnósticos de hepatites em Campo Grande. A quantidade de casos representa mais de 86% do total de diagnósticos registrados em todo o ano de 2024, e acende um alerta sobre a necessidade de manter a caderneta de vacinação atualizada. 

De janeiro a junho deste ano, a secretaria contabilizou 190 casos de hepatites tipo A, 29 registros do tipo B e 18 pacientes identificados com o tipo C da doença. Em seis meses, Campo Grande registrou quase a mesma quantidade de casos registrados em todo o ano de 2024, que totalizou 273 registros. Conforme observação da Sesau, houve ainda o aumento nos casos de hepatite A. 

A superintendente de vigilância em saúde e ambiente, Veruska Lahdo, comenta que registrar quase o número total de casos do ano passado, apenas em seis meses deste ano, gera preocupação por parte das autoridades em saúde do município, que vê a situação como um resultado da baixa cobertura vacinal. 

“A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é que 95% do público-alvo seja vacinado e, por mais que observemos um crescimento na cobertura nos últimos anos, seguimos muito abaixo dessa meta”, expressa. 

Vacinação é a melhor prevenção 

Apesar de existirem algumas medidas a serem tomadas para evitar a contaminação pelos vírus das hepatites, a principal forma de proteção segue sendo a vacinação da criança, conforme destaca a superintendente. Neste ano, até a primeira quinzena de julho, 4,9 mil crianças concluíram o esquema vacinal contra hepatite B. 

“A vacina contra a hepatite B, é ministrada em três doses, sendo aos 2, 4 e 6 meses de idade, mas também está disponível para a população adulta que não tem registro e não concluiu o esquema vacinal”, explica a superintendente. 

Já o imunizante contra o tipo A da doença é aplicado na criança ao nascer. Conforme a responsável pela área técnica de vigilância em hepatites, Elaine Maria da Silva, a vacina também é disponibilizada para os contactantes de pacientes que foram diagnosticados com hepatite A. 

“Quem tem contato íntimo, ou seja, mora na mesma residência ou foi parceiro sexual do paciente até 15 dias após o início dos sintomas, também deve ser vacinado, já que a contaminação por esse vírus acontece através de contato com alimentos ou água contaminada e por vias sexuais”, conclui. 

Além disso, a Sesau ressalta que tem realizado busca ativa, principalmente em escolas, para atualização das cadernetas. Também vêm sendo feitas ações de orientações nas unidades de saúde e para a população mais vulnerável, além de campanhas de conscientização. 

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