Secretaria mantém servidoras no hospital para controlar fluxo e evitar retenção de macas do Samu
O aumento de pacientes da rede pública atendidos no pronto socorro da Santa Casa de Campo Grande, levou a diretoria técnica do hospital a pedir intervenção do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que os casos não urgentes sejam filtrados
O pedido foi feito em julho deste ano e atendido em setembro, com a recriação de um núcleo de controle pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) dentro do hospital. Nesta semana, o Ministério Público Estadual abriu processo administrativo para acompanhar os resultados.
Segundo a diretoria da Santa Casa, a sobrecarga começou quando a pasta desativou um setor no local, que deixava entrar apenas pacientes com a ficha “vermelha” (graves) e encaminhava os com ficha “verde” e “azul” (não graves) para unidades de saúde nos bairros.
A superlotação enfrentada resultou até em ameaça de greve pela equipe de enfermagem do hospital, em agosto deste ano. Os funcionários reclamaram do “cenário de guerra” nos corredores.
Teste – O núcleo é formado por duas servidores da Sesau, que começaram a trabalhar em 2 de setembro. Elas estão cumprindo expediente entre as 8h e 18h, de segunda a sexta-feira.
Além de regular os pacientes, o setor também cuida para que macas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) sejam colocadas de volta nas ambulâncias após a entrada dos pacientes, para não interromper o trabalho da equipe de resgate pelas ruas da Capital e de municípios próximos.
O sucesso da medida está sendo testado. O MPMS pede que Santa Casa e Sesau informem sobre os resultados até o mês que vem.