Após cinco meses de bandeira verde, a conta de energia elétrica vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) a adoção da bandeira amarela, o que representa um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Segundo a agência reguladora, a decisão foi motivada pela redução das chuvas e pela chegada do período seco do ano, o que deve aumentar a necessidade de acionamento das usinas termelétricas — conhecidas por serem mais caras que as hidrelétricas.

“Esse cenário gera custos adicionais para a geração de energia, que precisam ser repassados aos consumidores de acordo com o sistema de bandeiras tarifárias”, informou a Aneel.

Desde dezembro de 2024, a bandeira verde vinha sendo mantida, reflexo de boas condições de geração de energia. Agora, a mudança quebra o ciclo de estabilidade nas tarifas.

Como funciona o sistema de bandeiras

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta que sinaliza ao consumidor as condições de geração de energia no país e os custos envolvidos. Funciona como um “semáforo” na conta de luz:

– Bandeira verde: condições favoráveis de geração, sem cobrança adicional.

– Bandeira amarela: custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh.

– Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,463.

– Bandeira vermelha patamar 2: taxa extra de R$ 7,877.

Em 2024, taxas extras já haviam sido aplicadas em julho, setembro, outubro e novembro, também por conta da estiagem.

A Aneel recomenda que, diante da mudança, os consumidores adotem práticas de consumo consciente para evitar surpresas no valor da fatura no próximo mês.

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