O governo de Cuba anunciou, na noite de quinta-feira (1º), o adiamento de uma proposta impopular para aumentar as tarifas do transporte público.
O anúncio surgiu um dia após o país também adiar um projeto que prevê um aumento de 500% nos preços dos combustíveis.
Em um breve comunicado, autoridades do Ministérios do Transporte disseram que os aumentos anunciados anteriormente nas tarifas para transporte público de ônibus, avião e trem, entre outros, seriam adiados até novo aviso.
Os anúncios envolvendo o transporte público e os combustíveis desorganizaram um plano mais amplo de aumento de preços anunciado em dezembro.
O governo de Miguel Diaz-Canel disse que a medida é necessária para controlar o crescente déficit fiscal.
Os críticos atacaram as políticas classificando-as como inflacionárias, inoportunas e sem incentivos para impulsionar a combalida produção interna.
Na quarta-feira, o governo do presidente cubano adiou um polêmico aumento de 500% nos preços da gasolina planejado para 1º de fevereiro.
A justificativa dada foi um ataque cibernético promovido por um agente externo e que frustrou a implementação, disseram autoridades.
Muitos cubanos, já precisando de dinheiro em meio a uma grave crise econômica e à escassez generalizada, deram um sinal de alívio após os anúncios desta semana.
Os planejados aumentos de preços, inicialmente anunciados em dezembro e no início de Janeiro, abalaram Cuba, onde os moradores dependem há muito tempo de um vasto programa de alimentos, combustíveis e medicamentos subsidiados pelo Estado para sobreviver.
O governo também disse que também aumentará os preços nos próximos meses do gás liquefeito, utilizado para cozinhar, bem como da eletricidade, mas prometeu proteger os vulneráveis desse aumento dos custos.
Fonte: CNN Brasil