Pelo menos duas vítimas relataram ter conhecido Simone Rocha de Moraes em um salão de beleza

Simone Rocha de Moraes se apresentava como ‘juíza’ e dizia ter amizade com o presidente para ganhar confiança e enganas as vítimas — Foto: Reprodução

De acordo com o delegado Felipe Santoro, Simone usava o nome falso de Maria Jurema e se apresentava como uma magistrada, com contatos influentes e uma vida de luxo. Para sustentar a farsa, exibia endereço fixo e portava documentos falsificados. Pelo menos duas vítimas relataram ter conhecido Simone em um salão de beleza.

Em um dos casos, ela conquistou a confiança de uma revendedora e começou a adquirir diversos produtos de beleza. No entanto, após um tempo, parou de efetuar os pagamentos e desapareceu. A mesma estratégia foi usada contra uma vendedora de artigos de luxo, que sofreu um prejuízo de cerca de R$ 200 mil. Segundo a polícia, Simone convenceu a mulher de que era juíza e recebia promotores para jantares em sua casa. Para reforçar a farsa, exibia uma toga e mostrava celulares supostamente “doados por autoridades”.

O golpe foi desvendado quando uma das vítimas decidiu investigar o endereço de Simone. Ao chegar ao local, encontrou o imóvel abandonado, com uma placa de “aluga-se”. A proprietária revelou que também havia sido vítima da golpista e que alugara a casa para um homem chamado Luiz Eduardo Marins dos Anjos, apontado pela polícia como comparsa de Simone e integrante ativo do esquema.

Histórico criminal

Ao investigar o passado de Simone, a polícia descobriu que ela aplica o mesmo golpe há anos, sempre fingindo ser juíza ou procuradora para ganhar a confiança das vítimas. Simone possui 13 anotações por estelionato, três por falsidade ideológica e uso de identidade falsa, duas por associação criminosa, além de registros por furto, ameaça e abandono de incapaz.

Simone e Luiz Eduardo foram indiciados, e a polícia solicitou a prisão do casal à Justiça. O delegado Felipe Santoro pede que possíveis vítimas da dupla procurem a delegacia da Ilha do Governador para registrar o caso.

— É importante que todas as pessoas que foram vítimas dessa dupla registrem a ocorrência para que possamos responsabilizá-los por todos os crimes cometidos. Sabemos que há outras vítimas que, por vergonha, ainda não compareceram à delegacia — alertou o delegado Felipe Santoro.

FONTE:GLOBO RIO100

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