Helkis Clark Ghizzi, afastado do cargo desde o início de março, foi capturado assim que saia de casa; filho dele, advogado, está encarcerado desde o ano passado

Investigadores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço forte do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, prendeu na manhã desta terça-feira  (14), na parte central de Campo Grande, o defensor público estadual Helkis Clark Ghizzi por ele ter, supostamente, ligação com o famigerado PCC, organização criminosa integrada por criminosos presos e soltos.


Helkis que fora afastado do cargo duas semanas atrás, conforme o Gaeco, é investigado por envolvimento com  um grupo integrado por ao menos por 11 advogados, o filho um deles, investigados por crimes como organização criminosa, impedir ou embaraçar a investigação de infrações penais, inclusive por plano de atentado contra membro do Ministério Público.


Bruno Ghizzi, o advogado, filho de Helkis, está preso em Campo Grande desde março do ano passado. Ele tentou se livrar da prisão, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) discordou do recurso.


Do início das investigações, no ano passado, até agora, o nome do defensor surgiu em três operações conduzidas pelo Gaeco, a Courrier (correspondêndia, em Francês), Sintonia das Gravatas, menção aos advogados e Maître (Mestre), a investida policial desta terça-feira.

Na investigação do Gaeco, é citada que os advogados conversavam entre si e com integrantes do PCC encarcerados, ou não, por telefone, WhatsApp e, ainda, pessoalmente. O nome do defensor em questão, nos diálogos, era citado como “mestre”, daí a operação chamada de Maître.


Ainda conforme a investigação, Ghizzi, filho do defensor, seria um dos principais implicados com o PCC, o exército do crime. O advogado teria se juntado a Rodrigo Pereira da Silva Corrêa, servidor já afastado do Fórum de Campo Grande. 


O então servidor, diz o Gaeco, deu senhas a Ghizzi, que tinha acesso à informações privilegiadas e sigilosas de processos com réus integrantes do PCC.


No processo que acusou a participação do defensor capturado, dos 11 advogados por suposta ligação com PCC, nove atuam em Mato Grosso do Sul.


Até o fechamento deste material, a reportagem não tinha localizado a defesa do defensor público, que .
O processo que investiga o defensor, o filho e os advogados implicados no caso segue na 6ª Vara Criminal Residual da Comarca de Campo Grande. 


QUEM É


Bruno Ghizzi tem 30 anos é está detido na diretoria de gestão do presídio militar estadual de Campo Grande.


Conforme apurou o Correio do Estado, ele nascera em Presidente Bernardes, interior de São Paulo, e, antes de preso, comandava um escritório de advocacia em um centro empresarial situado na Avenida Afonso Pena, uma das vias mais importantes da capital sul-mato-grossense.


Dados consultados em sites especializados em questões judiciais diz que o filho do defensor teria escritório também em Presidente Prudente. 


Essa empresa advocatícia toca em torno de 530 processos, muitos deles na capital sul-mato-grossense, conforme a consulta.

CORREIO DO ESTADO. Gaeco prende em Campo Grande defensor público por suposta ligação com o crime organizado. Disponivel em:<https://correiodoestado.com.br/cidades/gaeco-prende-em-campo-grande-defensor-publico-por-suposta-ligacao-com/412301/>. Acesso em: 15.Mar.2023.

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