Admissões em universidades do exterior sempre foram o sonho da estudante Nicolly Alves, de 19 anos, moradora de Diadema, Grande São Paulo. O que parecia ser distante no começo do Ensino Médio se tornou hiper-realista neste ano.
Nicolly, que estudou em escola particular, foi admitida em 9 instituições de ensino dos Estados Unidos, uma na Itália e outra na Coreia do Sul. Dentre elas, a escolhida foi a Whittier College, localizada na Califórnia, EUA. Ao g1, a Whittier College confirmou a aprovação da jovem.
“Não foi nada fácil. Eu tive essa loucura de ir estudar fora. Sempre foi um sonho e corri atrás. Achava que era impossível, mas não é. Quero muito trabalhar com ciência e eu amo física quântica e cinema. Meu grande sonho é trabalhar na Nasa, disse ao g1.
Nicolly conta que foram três anos estudando mais de 12 horas por dia, me aperfeiçoando no inglês e fazendo mentoria para que pudesse entender o processo de admissão nos Estados Unidos da Europa, que é diferente de como é feito no Brasil.
Para conseguir uma vaga em uma universidade norte-americana, por exemplo, o estudante precisa passar pela application, processo que tem provas, cartas de recomendação e uma análise abrangente do candidato. As instituições avaliam o que o candidato faz fora da sala de aula, como as atividades extracurriculares.
“Conheci pessoas que estavam indo ao exterior e comecei a me interessar. Não sabia que podia ter de fato essa oportunidade. Comecei a fazer mentoria paga para entender como funcionava o processo e documentos necessários. E aí comecei a entender que era um processo muito mais pessoal, de me conhecer mesmo. Durante os três anos foi me autodescobrindo. Tenho transtorno de ansiedade, não foi nada fácil”.
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Cartas de admissão de universidades dos EUA, Coreia do Sul e Itália enviadas à Nicolly Alves — Foto: Arquivo pessoal/Nicolly Alves
Conforme Nicolly, o objetivo de estudar fora do Brasil é tentar ficar mais próxima da Nasa e da indústria cinematográfica.
“Na Whittier College, onde escolhi ir, quero estudar física e astronomia. Um dos meus grandes objetivos é me tornar uma cientista. E, na verdade, quero estudar a física quântica e relacioná-la ao cinema. Eu amo escrever e comecei a escrever roteiros cinematográficos. Meu primeiro roteiro foi com 14 anos, inspirado em Jurassic Park. Escrever para mim é uma arte. E pensei, em relacionar o que eu gosto com a física. A física quântica é a das infinitas possibilidades. Não sei como vou juntar ciência, na Nasa, e cinema, mas quero fazer isso”, afirma.
A estudante diz que chegou a prestar o Enem em janeiro de 2021, mas o grande objetivo era estudar no exterior. Por isso, não chegou a fazer outros vestibulares.
“Fiz o Enem meio que obrigada pelos meus pais, que queriam que tivesse uma alternativa aqui, pois eles não aceitavam eu querer sair do Brasil. Mas cada um tem sua escolha e essa foi a minha. Corri atrás dela e me esforcei para isso”.
Universidades as quais Nicolly foi aprovada:
- Loyola MaryMount University (EUA)
- Augustana College (EUA)
- University of the West (EUA)
- Otis College of Art and Design (EUA)
- Incarnate Word University (EUA)
- Virginia Tech (EUA)
- Menlo College (EUA)
- Whittier College (EUA)
- Point Loma Nazarene University (EUA)
- Stony Brook University Korea (Coreia do Sul)
- John Cabot University (Itália)
Fonte: G1