Diagnóstico é que Campo Grande precisa de 86 novos locais para atendimento e mais profissionais para atende
Nesta sexta-feira (4), equipe do Ministério da Saúde vai entregar à prefeita Adriane Lopes (PP) documento com propostas para melhorar o acesso da população de Campo Grande às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e USFs (Unidades de Saúde da Família), de forma a frear o agravamento de doenças e, consequentemente, evitar a superlotação da rede de emergência.
Superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa acompanha o assessor técnico do gabinete da Secretaria de Atenção Primária à Saúde da pasta, José Maria Justo, em visita à Capital para verificar como está a rede básica e falar das propostas. Eles se reuniram com equipe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta segunda-feira (31) que, inclusive, está envolvida na criação das propostas.
O que se diagnosticou, segundo Ronaldo, é que faltam mais equipes nas unidades existentes e há necessidade de 86 novos locais para atendimento. Dessa forma, haverá maior procura e a distância não será barreira para procurar serviços de saúde de forma preventiva e resolutiva.
“Nós vamos propor um redimensionamento, de imediato. Nos bairros mais vulneráveis e mais populosos, onde as famílias são mais pobres, precisa ter uma oferta maior de equipes atendendo. Nos menos vulneráveis e menos populosos, pode haver menos”, adiantou o superintendente sobre a proposta à prefeita.
O número de UBSs e USFs em Campo Grande teria que saltar de atuais 74 para 160, no mínimo, de acordo com diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Siva, calcula Ronaldo. A referência atualizada recomenda uma equipe de Saúde da Família para cada 2,8 mil habitantes do município. “O que recomendamos em Campo Grande, é haver mais de uma equipe nas unidades”, destacou.
A reportagem procurou ouvir a Sesau sobre as propostas, mas não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Construção de unidades – O Ministério da Saúde está perto de lançar um programa voltado a esse investimento nos Estados, revelou Ronaldo. No caso de Campo Grande, a prioridade poderá ser construir em bairros de onde as pessoas precisam se deslocar para encontrar uma UBS ou USF.
“A quantidade de unidades está abaixo do ideal e não é boa a distribuição geográfica entre os bairros. A Capital tem como característica vazios territoriais, a ocupação é dispersa. Precisamos de mais unidade bem localizadas”, ele analisa.
Visitas – O Ministério da Saúde promove visitas simultâneas às capitais para avaliar necessidade de readequação de UBSs e USFs. Aracaju (SE), Porto Velho (RO) e Recife (PE) já as receberam, além de Campo Grande.
Promoveram ação, também nacional, para avaliá-las os TCEs (Tribunais de Contas Estaduais), no primeiro semestre do ano. Em Campo Grande, o diagnóstico foi de que o principal problema das unidades está relacionado à infraestrutura. As visitas do órgão ocorreram em junho. Em nota, a Sesau se manifestou, à época, detalhando mutirão de reformas e revitalizações que está em andamento na rede pública.
CAMPO GRANDE NEWS. Ministério da Saúde vai propor mais profissionais e unidades na Capital. Disponível em:<https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/ministerio-da-saude-vai-propor-mais-profissionais-e-unidades-na-capital>. Acesso em: 02.Ago.2023