A polícia da Nicarágua acusou os donos da franquia Miss Universo no país de conspiração, lavagem de dinheiro e divulgação de notícias falsas, algumas semanas após a primeira vitória do país no concurso.
As acusações são contra Karen Celebertti, diretora da franquia Miss Nicarágua, seu marido e o filho.
Um comunicado da polícia nacional diz que a organização local do Miss Universo é usada para “transformar concursos em armadilhas políticas e emboscadas políticas, financiadas por agentes estrangeiros.”
A Reuters não conseguiu contato com os donos da franquia ou seus representantes.
Celebertti foi proibida de entrar no país em 21 de outubro. O marido dela e seu filho foram detidos na Nicarágua por acusações de conspiração que datam de 2018.
As autoridades disseram que eles desempenharam um papel na organização de protestos contra o governo.
Sheynnis Palácios, da Nicarágua, ganhou o título de Miss Universo em 18 de novembro, tornando-se a primeira representante do país a usar a coroa.
Ela venceu a 72ª edição do concurso de beleza que ocorreu em El Salvador.
Depois da vitória, Sheynnis Palácios não retornou à Nicarágua e agora reside em Nova York.
O triunfo no Miss Universo foi celebrado pelos nicaraguenses nas ruas. A polícia agora acusa os donos da franquia de tentar organizar protestos contra o governo de Daniel Ortega.
A Nicarágua proibiu protestos após reprimir com violência manifestações contra o governo, em 2018, que deixaram mais de 320 mortos, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Fonte: CNN Brasil