No início de 2012, valor do passe era de R$ 2,50 e subiu para R$ 4,95 nesta sexta-feira (24)
Após o Consórcio Guaicurus conseguir na Justiça decisão obrigando o município a reajustar o passe de ônibus, passar pela catraca custa R$ 4,95 desde sexta-feira (24). O valor é quase o dobro do pago pelos passageiros quando a concessionária assumiu o serviço.
O contrato de concessão foi assinado em 25 de outubro de 2012. No início daquele ano, a tarifa era de R$ 2,50. De lá para cá, foram 16 reajustes que perfazem aumento percentual de 98%.
No início do ano em que as empresas Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Campo Grande formaram o Consórcio Guaicurus e assinaram o contrato de concessão de R$ 3,2 bilhões, o passe custava R$ 2,50.
Antes ainda de assumir o serviço, em março de 2012, houve um reajuste para R$ 2,85, que era o valor pago quando a concessionária entra. Depois, o passe sofre decréscimo no valor e passa para R$ 2,75, em julho de 2013.
Assim, a tarifa alcança a casa dos R$ 3 em novembro de 2014. Já a marca dos R$ 4 é ultrapassada em dezembro de 2019, quando a tarifa passa dos então R$ 3,95 e vai para R$ 4,10.
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No primeiro ano da pandemia, 2020, foram três reajustes: primeiro uma redução dos R$ 4,10 para R$ 3,95 novamente. No entanto, 14 dias depois, a tarifa volta para o patamar anterior e, por fim, vai a R$ 4,20 em dezembro.
O único ano que não houve mudança no valor do passe foi em 2021. O reajuste anterior havia sido em março do ano passado, quando passou de R$ 4,40 para R$ 4,65.
Passe sobe e serviço piora, dizem passageiros
Enquanto passageiros precisam desembolsar quase o dobro para se locomover em ônibus em Campo Grande, o nível do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus não acompanhou o aumento.
Conforme relatos de passageiros feitos diariamente ao Jornal Midiamax, a qualidade dos ônibus começou a cair desde então: “ônibus velhos, superlotação e atrasos são constantes“.