O preço estratosférico do açúcar deixou Ishaq Abdulraheem com poucas opções. Aumentar o custo do pão significaria vendas em declínio, então o padeiro nigeriano decidiu reduzir sua produção pela metade. Para dezenas de outros padeiros que lutam para se manter enquanto enfrentam custos mais altos com combustível e farinha, o preço exorbitante do açúcar se mostrou a última gota d’água, e eles fecharam as portas para sempre.
O açúcar é necessário para fazer pão, um alimento básico para os 210 milhões de habitantes da Nigéria. Para muitos que estão lutando para colocar comida na mesa, ele oferece uma fonte barata de calorias. O aumento repentino no preço do açúcar — de 55% em dois meses — significa menos padeiros e menos pão. “É uma situação muito séria”, disse Abdulraheem.
O açúcar está sendo negociado mundialmente com o preço mais alto desde 2011, principalmente por causa da diminuição da oferta global, consequência da condições climáticas excepcionalmente secas que prejudicaram as colheitas na Índia e na Tailândia, o segundo e o terceiro maiores exportadores do mundo.
Fonte: R7