
O sufoco aumentou ainda mais dentro do PSB de Mato Grosso do Sul. Com a pressão da Nacional para apoiar o PT local, as lideranças psbedistas estão deixando a sigla “de lado”, com um deixando o partido e outro não descartando a possibilidade de se afastar durante as eleições de 2026.
As lideranças do PSB de Mato Grosso do Sul têm a expectativa de apoiar a reeleição de Eduardo Riedel (PP) ao Governo do Estado. Recentemente, o líder nacional do PT, Edinho Silva, disse que o PSB será base do PT em MS.
Além disso, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também é do PSB, o que aumenta mais a pressão para a sigla apoiar o Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul.
O presidente do diretório Estadual e também deputado na Assembleia Legislativa, Paulo Duarte (PSB), já disse que vai deixar a sigla por causa da falta de apoio à reeleição de Riedel. O diretório Municipal, que tem como líder o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, também deve ficar sem “chefia”, já que o parlamentar também quer apoiar o atual governador de MS a continuar na cadeira da governadoria.
Com a filiação em partido de direita, Eduardo Riedel não deve apoiar a reeleição do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao lado de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) atua como vice. Assim, no Estado, integrantes do PSB questionam se haverá liberação para apoio ao PP na corrida pelo cargo de governador.
“Uma coisa de certeza que eu tenho é que eu não apoio candidato do PT aqui no Estado”, disse Carlão ao Midiamax. Em 13 de dezembro, o PT-MS anunciou Fábio Trad como pré-candidato ao governo do Estado.
Então, o presidente municipal do PSB quer a independência da escolha em 2026. Carlão chegou a condicionar a disputa a deputado federal ou estadual caso não haja liberação da Nacional.
“Se não ficar, eu não vou ser candidato a nada, inclusive peço licença, porque eu não vou apoiar o candidato do PT aqui”, reforçou.
Racha e federação
Enquanto a Nacional não bate o martelo, em Mato Grosso do Sul, o PSB se aproxima do Cidadania, de olho na federação nacional. Chapas e quadros para as eleições de 2026 foram pauta entre as legendas na última semana.
Os diretórios do Estado aguardam a federação nacional dos partidos, de olho no pleito do próximo ano. Carlão lembrou que a federação ainda não foi formalizada. “Mas as negociações indicam que deve se concretizar até meados do próximo ano”, pontuou.
