A senadora por Mato Grosso do Sul Tereza Cristina (PP) assinou o pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a ligação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o banco Master.

Moraes esteve em um jantar na casa de Daniel Vorcaro, fundador do banco Master, que foi liquidado pelo Banco Central. A empresa da esposa do ministro matinha um contrato de R$ 129 milhões com o Master. Na época do jantar, o contrato já estava vigente.

Diante disso, a senadora afirmou que, mesmo no recesso, ela segue atenta às graves denúncias envolvendo o Banco Master, liquidado pelo Banco Central, e o suposto conflito de interesses com integrantes do STF. “É dever do Senado acompanhar e fiscalizar. O Legislativo não pode se omitir. Já assinei o pedido da CPI para investigar o caso. Ninguém nos três poderes está acima da lei”, publicou nas redes sociais.

Pedido de CPI
Quem lidera o pedido de CPI no Senado é um político de centro, Alessandro Vieira (MDB-SE).

Vieira está dizendo que a CPI é para investigar a relação entre o ministro Alexandre de Moraes e o Banco Master por suposto crime de advocacia administrativa — que é quando um servidor público usa o cargo para fazer favor a outra pessoa. A esposa de Moraes, Viviane Barci, é advogada do banco.

Dessa forma, na visão de Alessandro Vieira, a CPI seria para investigar supostos crimes de ministro, não atribuições do Judiciário ou decisões judiciais. A ideia é romper a barreira constitucional e regimental que proíbe o Senado de fazer CPI contra ministros do STF para contestar decisão judicial, votos ou despachos.

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