Mulher mora no local há três anos, e estava ‘ilhada’ em enchente em outro lugar da cidade no momento do incidente

O muro de uma residência localizada na Rua Galo da Serra, bairro Otávio Pécora, acabou estourando durante o temporal registrado em Campo Grande na última quinta-feira (13). A força da água foi tamanha, que invadiu o sobrado e arrastou diversos móveis e até a cachorrinha da dona do imóvel, a professora Maliluzte Neves, de 48 anos, para a via.

A mulher conta que mora no local há três anos, e que a casa pertencia ao seu pai. Devido ao histórico de passar ‘maus bocados’ em dias chuvosos, ela conta que o muro, de três metros de altura, havia sido reforçado diversas vezes, mas acabou cedendo no último temporal. 

A enxurrada invadiu todo o andar térreo do sobrado onde a professora mora, deixando lama e destruição por todo o imóvel. Devido à força da água, a enchente abriu o portão e arrastou cadeiras, uma casinha de cachorro e a própria cachorrinha da mulher, que foi salva por vizinhos. 

Maliluzte relata que estava ilhada em uma enxurrada causada pela chuva, no Centro, no momento do incidente, quando recebeu uma ligação de vizinhos informando o incidente. “O desvio da água piorou muito após a construção dos condomínios no Monte Castelo, a água desemboca toda na Rua Jaburu. Ela invadiu a casa do vizinho, que tem o muro em comum com o meu, ficou represada e, devido à pressão, estourou o muro”. 

Mulher diz estar ‘traumatizada’ pela chuva

Em imagens enviadas pelo canal Fala Povo, é possível ver a quantidade de barro e destroços após o incidente. Maliluzte relata que geladeira, mesa, fogão, armários da cozinha, sofá, cama, entre outros objetos e móveis, foram danificados pela água. 

“Eu não sei nem explicar o que senti. Me senti desolada, vulnerável, traumatizada, com medo de acontecer de novo. Quando começa a chover, já fico: ‘Ai, meu Deus do céu’. A sensação é de impotência”, desabafa. 

Além da casa da professora, outras duas residências também foram severamente atingidas. A casa com a qual dividia o muro estava em reforma, e deixou o dono, que recém havia comprado o imóvel, no prejuízo. Outro vizinho, também professor, foi igualmente prejudicado. “Agora nós vamos nos juntar e pagar um engenheiro, para avaliar a estrutura e os estragos”, lamenta Maliluzte. 

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Pedido de ajuda

Sem condições de bancar a retirada dos entulhos e dos eletrodomésticos e móveis estragados, a professora faz um apelo. “Tive muitas perdas, agora só preciso de alguém que se mobilize a me ajudar a retirar os entulhos da rua. Já, já chove de novo, e os entulhos podem ser arrastados, causando mais problemas”.

Após dois dias de trabalho intenso para limpar o imóvel e juntar os destroços deixados pela chuva, a mulher conta que agora está lavando roupas e organizando o que ainda pode ser limpo e salvo. Quem puder, e quiser ajudar a professora, o contato é pelo telefone (67) 992995-2638.

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