Como o violeiro experiente afina sua viola, Gerson afina com paciência seus relacionamentos e articulações

Se a política é, muitas vezes, uma arte de compasso e improviso, poucos nomes em Mato Grosso do Sul têm conduzido essa melodia com a destreza de Gerson Claro (PP). Presidente da Assembleia Legislativa, ele não apenas lidera, mas rege com a harmonia de quem aprendeu, como na viola de cocho, a extrair som até do silêncio institucional.

Em tempos em que discursos secos perdem espaço para vozes com identidade, Claro tem trilhado uma jornada que lembra os versos de Manoel de Barros: “Tudo que não invento é falso”. Com uma atuação construída no chão firme das bases regionais, ele não finge representar — ele representa. E talvez seja essa autenticidade, tão rara na política contemporânea, que hoje o coloca como nome natural do Progressistas para a disputa ao Senado em 2026.

O apoio da senadora Tereza Cristina, cuja trajetória também se entrelaça com a terra e com a confiança do eleitor sul-mato-grossense, sela esse movimento com a força de quem conhece os caminhos de Brasília e reconhece em Claro não apenas um aliado político, mas um companheiro de projetos. Mais que articulação, trata-se de sinergia: ambos falam a mesma língua política — a que combina produção, escuta e resultado.

Seu trabalho na Alems tem sido como a prosa que corre mansa nos alagados do Pantanal: firme, presente, silenciosa quando precisa e sonora quando o momento exige. Conduzir o Parlamento estadual com equilíbrio em tempos de polarização exige mais que habilidade técnica — exige sensibilidade, e nisso o deputado tem se destacado.

Se Manoel de Barros via beleza “na função poética das palavras inúteis”, Gerson Claro parece ver valor político até nos gestos que não fazem barulho, mas constroem consenso. E é justamente essa habilidade que torna sua pré-candidatura ao Senado algo que não soa como imposição, mas como consequência. Como uma música que já está tocando antes mesmo que o público perceba o violão nas mãos do músico.

No fim das contas, a política precisa, de tempos em tempos, reencontrar sua raiz com o simbólico. Gerson Claro, com seu estilo conciliador e sua capacidade de ouvir até o que não é dito, resgata essa ideia — de que representar um estado é também carregar em si a alma de um povo. E se essa alma é feita de terra vermelha, viola, poesia e estratégia, o PP parece já ter encontrado quem melhor a traduz.

administrator

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *