O deputado federal Luiz Ovando (PP) oficializou seu apoio ao pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Banco Master e ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Com o gesto, Ovando torna-se o quarto integrante da bancada federal de Mato Grosso do Sul a aderir ao movimento.

Até o momento, além de Ovando, assinaram os documentos os deputados federais Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL), além da senadora Tereza Cristina (PP).

Defesa da Constituição e Limites Institucionais

Ao justificar sua assinatura, Luiz Ovando enfatizou que a iniciativa não possui caráter pessoal. “Não se trata de vingança, nem de disputa pessoal, trata-se de Constituição, de limites e de responsabilidade institucional”, afirmou o parlamentar.

Ovando defendeu que o Congresso Nacional tem o dever de reagir quando há concentração de poderes ou ignorância de garantias legais. “O Parlamento não pode se omitir. Assinar é um ato de coragem cívica, de respeito à democracia e de compromisso com um país onde ninguém esteja acima da lei”, pontuou.

O Foco da Investigação: Conflito de Interesses

A CPI, liderada no Senado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), busca apurar a relação entre o ministro Alexandre de Moraes e o Banco Master. O ponto central da acusação é um suposto crime de advocacia administrativa.

Os fatos que fundamentam o pedido incluem:

  • Encontro Social: A participação do ministro em um jantar na residência de Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master.
  • Contrato Milionário: A existência de um contrato de R$ 129 milhões entre o banco e a empresa da esposa do ministro, Viviane Barci, que atua como advogada da instituição.
  • Estratégia Jurídica: Segundo o senador Alessandro Vieira, o objetivo da CPI é investigar a conduta pessoal e supostos crimes do ministro, e não suas decisões judiciais, visando superar barreiras regimentais que protegem atos do Judiciário.

Fraude de R$ 12 Bilhões e Liquidação do Banco

O Banco Master enfrenta uma crise severa, estando sob investigação da Polícia Federal por uma suposta fraude de R$ 12 bilhões envolvendo a venda de carteiras de crédito ao Banco de Brasília (BRB).

Recentemente, a 10ª Vara Federal de Brasília chegou a determinar a prisão de Daniel Vorcaro e outros executivos, embora Vorcaro tenha sido solto 12 dias depois por decisão liminar. Diante das irregularidades e da instabilidade financeira, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial da instituição.


Bancada de MS no movimento:

ParlamentarPartidoCasa Legislativa
Rodolfo NogueiraPLCâmara dos Deputados
Marcos PollonPLCâmara dos Deputados
Luiz OvandoPPCâmara dos Deputados
Tereza CristinaPPSenado Federal
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